13 de Novembro de 2025
Administração Condominial

Checklist do Síndico: tudo o que você precisa saber antes de assumir a gestão do condomínio

Atualizado em: 13/11/2025 14:52:57

Aprox. 24 minutos de leitura.

Checklist do Síndico: tudo o que você precisa saber antes de assumir a gestão do condomínio

Assumir o cargo de síndico é um passo importante e cheio de responsabilidades. Além de representar os moradores, o síndico também é o principal gestor do condomínio, responsável por finanças, contratos, manutenções, segurança, convivência e cumprimento das obrigações legais.

Por isso, os primeiros dias após a eleição exigem atenção redobrada. É nesse momento que se faz necessário reunir documentos, entender a realidade financeira, revisar contratos e alinhar o funcionamento de toda a estrutura condominial.

Para ajudar nesse processo, preparamos este checklist completo com tudo o que um síndico precisa saber e fazer antes de, de fato, iniciar sua gestão. Com ele, você evita surpresas, ganha tempo e garante mais segurança para conduzir o condomínio com organização e transparência.

Documentos essenciais que o novo síndico deve solicitar

O primeiro passo prático ao assumir a função de síndico é reunir toda a documentação que permita entender a estrutura, as regras e a situação atual do condomínio. Ter acesso a esses registros é essencial para garantir uma transição segura, evitar erros de gestão e manter a conformidade com a legislação.
Veja os principais documentos que devem ser solicitados imediatamente após a eleição:

Convenção condominial e regimento interno

Esses são os dois pilares jurídicos do condomínio. A convenção define as regras gerais de funcionamento, como quóruns para assembleias, forma de eleição, frações ideais e critérios de rateio. Já o regimento interno trata do uso das áreas comuns, comportamento dos moradores, regras de silêncio, entre outros pontos do dia a dia.

Ter domínio sobre esses documentos é fundamental para aplicar regras corretamente e evitar conflitos.

Atas das últimas assembleias

As atas registram todas as decisões tomadas pelos condôminos, como aprovações de obras, alterações no orçamento, eleição de conselhos e votações diversas. Ao analisá-las, o novo síndico compreende o histórico recente da gestão e identifica as pendências que exigem continuidade.

Balancetes e prestação de contas

A saúde financeira do condomínio deve ser uma das prioridades. Por isso, o síndico precisa ter acesso aos balancetes mensais, demonstrativos de receitas e despesas, relatórios de inadimplência e a última prestação de contas aprovada (ou não).

Esses documentos revelam a realidade financeira do condomínio e ajudam a planejar os primeiros meses da nova gestão.

Contratos vigentes com prestadores de serviço

Todos os contratos com empresas de portaria, limpeza, manutenção de elevadores, segurança, contabilidade e outros fornecedores devem estar organizados e acessíveis. Além disso, é importante verificar:

  • Prazos de vigência e cláusulas de renovação;
  • Condições de rescisão;
  • Valor mensal e reajustes previstos;
  • Responsáveis técnicos e formas de contato.

Revisar esses contratos evita pagamentos indevidos e permite renegociações, quando necessário.

Apólice de seguro do condomínio

O seguro condominial é obrigatório por lei e cobre danos estruturais ao prédio em caso de incêndio, explosão, desastres naturais, entre outros sinistros. O novo síndico deve conferir:

  • A vigência da apólice;
  • Os valores segurados;
  • As coberturas contratadas e suas limitações.

Caso esteja vencido ou inadequado, é preciso tomar providências imediatas para garantir a cobertura legal.

Plantas e manuais técnicos

Documentos como a planta baixa do edifício, projetos elétricos e hidráulicos, manual de uso e operação de elevadores e outros sistemas são indispensáveis para qualquer manutenção ou obra. Além disso, facilitam a comunicação com fornecedores e reduzem riscos técnicos.

Dica extra: Além dos documentos citados, é útil solicitar o livro de ocorrências, registro de reclamações ou notificações anteriores, inventário de bens do condomínio e relatórios de vistorias técnicas, se houver. Esses materiais complementam o diagnóstico inicial da situação condominial.

Entendendo a situação financeira do condomínio

Assumir a gestão de um condomínio sem entender sua real situação financeira é como pilotar no escuro. O síndico precisa, desde o início, ter uma visão clara sobre entradas, saídas, dívidas e reservas, o que permite tomar decisões conscientes, evitar surpresas desagradáveis e garantir a continuidade dos serviços.

Veja os pontos fundamentais a serem avaliados quanto à gestão financeira:

Saldos em conta corrente e fundo de reserva

Comece verificando o saldo atual da conta bancária do condomínio, que deve estar em nome do CNPJ condominial. É importante confirmar:

  • Se os saldos estão compatíveis com os relatórios financeiros;
  • Se há movimentações não explicadas nos últimos meses;
  • Qual o valor disponível no fundo de reserva (usado para emergências ou obras).

Esse primeiro levantamento ajuda a identificar se há caixa suficiente para cobrir as despesas imediatas ou se será necessário reavaliar o fluxo de pagamentos.

Nível de inadimplência atual

A inadimplência dos condôminos é um dos principais fatores que impactam negativamente a gestão financeira. Um bom ponto de partida é solicitar um relatório atualizado com:

  • Lista de unidades inadimplentes e o valor total em aberto;
  • Período médio de atraso (30, 60, 90 dias ou mais);
  • Ações de cobrança em andamento (judiciais ou extrajudiciais).

Com essas informações em mãos, o síndico pode adotar estratégias de recuperação de crédito e prevenir que a inadimplência afete o pagamento dos serviços essenciais.

Despesas recorrentes e contratos fixos

Conhecer as despesas fixas do condomínio é essencial para manter os compromissos em dia e avaliar onde é possível economizar. Faça um levantamento detalhado dos custos mensais, como:

  • Folha de pagamento (funcionários próprios ou terceirizados);
  • Energia elétrica e água;
  • Manutenção de elevadores, portões, sistemas de segurança;
  • Limpeza, jardinagem, portaria e recepção;
  • Administração condominial e contabilidade.

Essa análise permite entender para onde está indo a maior parte dos recursos e identificar se os gastos estão dentro da média esperada para o porte do condomínio.

Previsão orçamentária vigente

A previsão orçamentária é o planejamento anual que orienta todas as receitas e despesas do condomínio. O novo síndico deve:

  • Verificar se ela foi aprovada em assembleia;
  • Comparar os valores orçados com os realizados até o momento;
  • Identificar desvios e os motivos para eventuais diferenças.

Se a previsão estiver desatualizada ou mal estruturada, pode ser necessário revisá-la e apresentar uma nova proposta aos moradores. Isso é fundamental para manter a transparência e a saúde financeira ao longo da gestão.

Atenção aos passivos ocultos

Além dos números visíveis, o síndico também deve investigar possíveis dívidas ou pendências que não aparecem nos extratos:

  • Multas aplicadas por órgãos públicos (ex: Corpo de Bombeiros, prefeitura);
  • Ações trabalhistas ou tributárias em curso;
  • Parcelamentos com prestadores ou tributos em atraso.

Esses passivos, se ignorados, podem gerar problemas futuros e comprometer o orçamento.

Ao mapear todos esses pontos com atenção, o novo síndico terá uma leitura fiel da saúde financeira do condomínio. Isso é essencial para planejar os próximos passos, manter a transparência com os moradores e evitar decisões equivocadas.

Conheça a infraestrutura e as obrigações técnicas

Também é indispensável que o síndico conheça a fundo a infraestrutura do condomínio, para entender quais são as obrigações legais e técnicas que precisam ser cumpridas para manter o ambiente seguro, funcional e dentro das normas.

A seguir, listamos os principais pontos que merecem atenção especial nessa etapa da transição de gestão:

Vistorias em áreas comuns: ponto de partida para um bom diagnóstico

Antes de tomar qualquer decisão, o síndico deve realizar uma vistoria detalhada das áreas comuns, como:

  • Garagens e portões automáticos;
  • Salão de festas, churrasqueira, academia e playground;
  • Piscinas, saunas e espaços de convivência;
  • Áreas técnicas e de serviço (bombas, casa de máquinas, barrilete, reservatórios).

A vistoria pode ser feita com o apoio da administradora e de profissionais técnicos, permitindo identificar desgastes, riscos e manutenções. Documentar com fotos e relatórios é importante para futuras prestações de contas e para montar um cronograma de ações.

Equipamentos de segurança e prevenção: tudo deve estar em dia

A segurança patrimonial e a prevenção de acidentes são responsabilidades diretas da gestão condominial. Por isso, é essencial checar:

  • Extintores de incêndio (carga, validade e sinalização);
  • Iluminação de emergência e sinalização de rotas de fuga;
  • Sistema de alarme e sensores de presença;
  • Circuito fechado de TV (CFTV) e gravação de imagens;
  • Portões automáticos e interfone;
  • Trancas, grades e portarias físicas ou virtuais.

Equipamentos vencidos, mal instalados ou sem manutenção regular colocam o condomínio em risco e podem gerar multas ou responsabilização civil em caso de sinistros.

Manutenções pendentes ou programadas: o que precisa ser feito?

Durante a transição de gestão, o síndico deve levantar todas as manutenções que estão:

  • Atrasadas ou não executadas (ex: limpeza de caixa d’água, revisão de elevadores);
  • Programadas (com datas futuras já agendadas);
  • Recorrentes (ex: dedetização, inspeção de para-raios, manutenção de bombas);
  • Emergenciais ou adiadas por falta de verba ou aprovação em assembleia.

Esse mapeamento ajuda a evitar paralisações de serviços e reduz o risco de imprevistos logo no início da gestão.

Obrigações legais e técnicas em andamento

Muitos condomínios precisam seguir normas técnicas e manter documentos atualizados para garantir a regularidade. Ao assumir o cargo, o novo síndico deve verificar a situação de itens como:

  • AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros): obrigatório para prédios com área comum;
  • Laudos técnicos e inspeções: como o laudo de para-raios, inspeção predial, laudo de acessibilidade ou laudo elétrico;
  • Certificados de dedetização e limpeza de reservatórios;
  • Contrato de manutenção de elevadores com ART (Anotação de Responsabilidade Técnica);
  • Licenças ambientais ou sanitárias, em caso de piscina ou outros itens regulamentados.

Caso algum documento esteja vencido ou em atraso, o síndico deve priorizar sua regularização para evitar penalidades.

Equipe e contratos de trabalho sob sua responsabilidade

Ao assumir como síndico, uma das responsabilidades mais sensíveis é a gestão da equipe de trabalho que atua no condomínio, sejam funcionários contratados diretamente ou empresas terceirizadas. É essencial entender quem são os profissionais envolvidos, quais são suas funções, como está a situação contratual e quais obrigações trabalhistas precisam ser cumpridas.

A seguir, organizamos os principais pontos de atenção para garantir uma gestão eficiente, segura e alinhada com a legislação:

Funcionários diretos do condomínio

Se o condomínio possui equipe própria, o síndico passa a responder diretamente por esses colaboradores. Os cargos mais comuns são:

  • Porteiros: responsáveis pelo controle de entrada e saída de moradores, visitantes e prestadores;
  • Faxineiros e auxiliares de limpeza: cuidam da conservação das áreas comuns;
  • Zelador: atua na supervisão da rotina predial, sendo uma ponte entre moradores, síndico e funcionários;
  • Jardineiros, vigias ou auxiliares de manutenção: eventualmente contratados, dependendo do tamanho do condomínio.

Esses profissionais possuem vínculo empregatício direto com o condomínio, e por isso exigem atenção total às regras da CLT, incluindo registro em carteira, pagamentos de salário, férias, 13º, INSS, FGTS e demais encargos.

Jornada de trabalho e folha de pagamento

O novo síndico precisa analisar:

  • Jornadas e escalas de trabalho (plantões, turnos noturnos, folgas semanais);
  • Folha de pagamento atual e encargos em dia;
  • Controle de ponto (manual ou eletrônico);
  • Histórico de faltas, afastamentos ou advertências;
  • Equipamentos de proteção individual (EPIs) e normas de segurança.

Também é importante verificar se o condomínio possui assessoria contábil ou jurídica para cuidar da folha, evitando erros que possam gerar processos trabalhistas.

Contratos com empresas terceirizadas

Caso o condomínio opte por terceirizar serviços, o síndico passa a atuar como contratante, o que exige atenção à gestão dos contratos e à qualidade do serviço prestado.

Entre os terceirizados mais comuns estão:

  • Empresas de portaria e segurança;
  • Serviços de limpeza, jardinagem ou manutenção;
  • Administradoras de condomínio;
  • Empresas de controle de pragas ou manutenção predial.

Ao assumir a gestão, o síndico deve solicitar todos os contratos vigentes, analisando os seguintes pontos:

  • Vigência e cláusulas de renovação ou rescisão;
  • Escopo dos serviços contratados;
  • Valores e formas de reajuste;
  • Garantias oferecidas;
  • Responsabilidades da empresa quanto a encargos trabalhistas e substituição de funcionários.

Atenção: embora os profissionais terceirizados não tenham vínculo com o condomínio, se a empresa contratada não estiver em dia com suas obrigações, o condomínio pode ser responsabilizado solidariamente na Justiça. Por isso, é fundamental exigir documentação atualizada, como certidões negativas, comprovantes de recolhimento de encargos e contrato formalizado.

Comunicação com os condôminos: o papel da transparência

Uma boa gestão condominial depende, em grande parte, de uma comunicação clara, frequente e acessível. Mais do que cumprir obrigações legais, o síndico precisa construir um relacionamento baseado na transparência, confiança e previsibilidade com os moradores.

Quando há falhas na comunicação, surgem ruídos, conflitos e desconfiança, mesmo que a gestão esteja em dia. Por isso, desenvolver canais e práticas de comunicação eficazes deve ser uma prioridade desde o início do mandato.

Canais de comunicação ativa

A comunicação no condomínio não pode depender apenas de murais e conversas informais. É importante criar (ou manter) canais oficiais, que garantam alcance e rastreabilidade das informações:

  • Aplicativos de gestão condominial (como TownSq, CondoLivre, etc.);
  • Grupos organizados no WhatsApp, com regras claras de uso;
  • E-mails informativos com periodicidade definida (semanal ou mensal);
  • Painéis de avisos em áreas comuns, atualizados com frequência;
  • Plataformas online de administração, com área exclusiva para moradores.

Esses canais devem ser usados tanto para comunicados simples (como reparos ou horários de manutenção) quanto para divulgar documentos oficiais e prestar contas.

Organização de assembleias

Assembleias são momentos cruciais de decisão coletiva e precisam ser bem organizadas para garantir legitimidade e participação.

O síndico deve:

  • Respeitar os prazos legais de convocação (com antecedência mínima de 5 a 8 dias, conforme convenção);
  • Divulgar pautas claras, com tempo para que os moradores se preparem;
  • Disponibilizar documentos de apoio com antecedência, como orçamentos ou balancetes;
  • Registrar atas com clareza e disponibilizá-las aos condôminos logo após a reunião;
  • Adotar formatos híbridos ou digitais, se a convenção permitir, para ampliar a adesão.

As assembleias são também uma excelente oportunidade para prestar contas, ouvir sugestões e resolver conflitos de forma institucional.

Divulgação de informações e documentos importantes

Um dos principais pilares da transparência é garantir que informações relevantes estejam sempre acessíveis aos moradores. Isso evita mal-entendidos, questionamentos desnecessários e fortalece a confiança na gestão.

Alguns documentos que devem ser divulgados com frequência:

  • Balancetes mensais e prestação de contas;
  • Relatórios de inadimplência (sem expor nomes);
  • Contratos com prestadores e orçamentos aprovados;
  • Andamento de obras ou manutenções programadas;
  • Atas e comunicados oficiais da administradora;
  • Cronogramas de atividades e eventos internos.

Manter um histórico digital desses documentos em uma pasta compartilhada ou aplicativo de gestão condominial facilita o acesso, economiza papel e organiza melhor todos os processos.

Dica extra: crie um cronograma para não esquecer nenhuma pendência

Para facilitar o início da sua gestão e evitar esquecimentos que podem gerar multas, atrasos ou conflitos, recomendamos criar um cronograma de transição com os itens que você precisa revisar ou implementar nas primeiras semanas de mandato.

Parceria estratégica: veja como a Athemos pode te auxiliar na gestão condominial

Assumir a função de síndico é uma grande responsabilidade, mas não precisa ser uma jornada solitária. Contar com o apoio de uma administradora confiável e experiente, como a Athemos, pode transformar a rotina da gestão condominial e garantir mais tranquilidade desde o primeiro dia de mandato.

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