Pets em condomínios: como adaptar a rotina do seu bichinho sem desrespeitar as regras
Atualizado em: 21/08/2025 11:17:32
Aprox. 19 minutos de leitura.

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Ter um pet em casa é sinônimo de amor, companhia e momentos divertidos, e isso não muda quando se vive em um condomínio. Pelo contrário: os animais de estimação fazem cada vez mais parte das famílias brasileiras, e é natural que estejam presentes também nos prédios e residenciais.
No entanto, a vida em comunidade exige cuidado redobrado e muitos tutores enfrentam desafios na hora de conciliar a rotina dos pets com as normas do condomínio. Afinal, além de zelar pelo bem-estar dos bichinhos, é preciso respeitar regras, espaços compartilhados e a tranquilidade dos vizinhos. Latidos excessivos, sujeira nas áreas comuns, uso indevido do elevador ou circulação sem coleira são situações que podem gerar atritos desnecessários.
A boa notícia é que é possível sim manter a harmonia entre a vida pet e a política da boa vizinhança. Com algumas dicas práticas, os tutores podem adaptar a rotina do seu animal de estimação às regras do condomínio, sem abrir mão do carinho, do cuidado e da convivência saudável com todos ao redor.
A presença de animais de estimação em condomínios é permitida pela legislação brasileira. O Código Civil, no artigo 1.335, inciso I, garante ao condômino o direito de “usar, fruir e livremente dispor de sua unidade”, o que inclui a convivência com um pet. No entanto, esse direito vem acompanhado de responsabilidades: o artigo 1.336, inciso IV, determina que o condômino deve evitar qualquer comportamento que comprometa o sossego, a salubridade ou a segurança dos demais moradores.
Ou seja, manter um animal dentro da unidade é legalmente permitido, desde que sua presença não cause prejuízos à coletividade. O Código também responsabiliza o tutor por danos causados pelo animal, conforme o artigo 936, reforçando a necessidade de uma posse responsável.
Além da legislação, o entendimento atual do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é claro: condomínios não podem proibir genericamente a presença de pets nas unidades privativas. O tribunal considera esse tipo de proibição abusiva e em desacordo com o direito de propriedade. Para que alguma restrição seja válida, o condomínio deve apresentar comprovação concreta de que o animal representa risco real à saúde, à higiene ou ao sossego dos demais.
Isso significa que nenhuma convenção ou regimento interno pode, por si só, proibir animais de estimação sem fundamento objetivo. O papel do condomínio, portanto, não é o de proibir, mas sim de regulamentar o convívio por meio de normas equilibradas, aplicadas com bom senso e baseadas na realidade do edifício.
Veja alguns exemplos de regulamentações consideradas válidas e comuns:
Além de não poder proibir a presença de animais nas unidades residenciais de forma unilateral ou genérica, o síndico também não pode aplicar penalidades sem respaldo legal ou sem provas claras de infração.
Outras condutas indevidas incluem:
Para evitar conflitos, é essencial que o síndico atue com equilíbrio, sempre baseado no regimento interno, no diálogo e no princípio da boa convivência. Já os tutores, por sua vez, devem adotar uma postura responsável e consciente, respeitando os espaços coletivos e as normas estabelecidas.
Esse equilíbrio entre o direito individual e o interesse coletivo é o que garante uma convivência saudável e harmoniosa nos condomínios.
O primeiro passo para garantir uma convivência tranquila entre seu pet e os demais moradores é entender o que o regimento interno do condomínio determina sobre a presença de animais.
Esse documento costuma conter diretrizes importantes, como:
Ler o regimento com atenção evita surpresas desagradáveis. Caso algo não esteja claro ou pareça desatualizado, converse com o síndico ou com a administradora do condomínio. Muitas vezes, uma dúvida simples pode ser resolvida com diálogo, e ajustes nas normas podem ser discutidos coletivamente em assembleia.
Grande parte dos comportamentos que geram incômodo em condomínios, como latidos constantes, agitação ou destruição de objetos, estão relacionados à falta de estímulo físico e mental. Por isso, manter uma rotina estruturada e oferecer um ambiente adequado dentro do apartamento é essencial.
Algumas práticas importantes incluem:
Um pet bem cuidado, estimulado e com energia canalizada tende a se comportar melhor, contribuindo para uma convivência mais harmoniosa com os vizinhos e para o bem-estar coletivo no condomínio.
Ruídos provocados por pets, especialmente latidos frequentes, estão entre as principais reclamações em condomínios. O controle desse comportamento é responsabilidade do tutor e fundamental para manter a boa convivência entre vizinhos.
Para isso, algumas medidas práticas podem ajudar:
Animais limpos e bem cuidados geram menos odores, não transmitem doenças e contribuem para uma convivência mais harmoniosa.
Dentro de casa:
Nas áreas comuns:
A negligência com a higiene pode resultar em advertências, multas e prejudicar a imagem do tutor perante os vizinhos. Portanto, manter a limpeza é uma atitude simples, mas que faz toda a diferença no convívio coletivo.
A circulação de pets nas áreas comuns do condomínio exige cuidado redobrado. O uso de coleira e guia curta é uma medida de segurança para o animal, os tutores e os demais moradores. Em casos específicos, como raças de grande porte ou com histórico de comportamento agressivo, o uso de focinheira pode ser exigido por legislação local ou pelas regras internas do condomínio.
Ao circular com o pet nos espaços comuns do condomínio, observe também as seguintes práticas:
Além disso, seja sempre atencioso com os demais condôminos, principalmente idosos, crianças e pessoas com medo ou alergia a animais, respeitando seus limites com empatia e bom senso.
Nem todos os pets têm o mesmo nível de sociabilidade e podem reagir de forma negativa à presença de outros animais ou de pessoas desconhecidas. Os tutores devem estar atentos a sinais de estresse, medo ou agressividade, e agir de forma preventiva.
Outras medidas importantes incluem:
Conflitos pontuais podem surgir, especialmente em ambientes coletivos como condomínios. O modo como você lida com essas situações faz toda a diferença para manter uma convivência equilibrada.
Sendo assim, é fundamental:
A presença de animais de estimação em condomínios é uma realidade consolidada, e a responsabilidade pela boa convivência não recai apenas sobre os tutores. Síndicos e administradoras também têm um papel estratégico para garantir um ambiente harmonioso, equilibrando os direitos individuais com os interesses coletivos.
Embora o regimento interno possa estabelecer regras claras sobre o convívio com pets, o foco da gestão condominial deve ser preventivo e educativo e não apenas disciplinador. Isso significa investir em comunicação clara, orientações constantes e diálogo com os moradores antes de recorrer a advertências ou multas.
Com apoio da administradora, o síndico pode:
Outro ponto importante é a criação de espaços e políticas que incentivem a convivência saudável entre pets e moradores. Isso demonstra sensibilidade da administração às demandas dos tutores, ao mesmo tempo em que organiza o uso das áreas comuns.
Algumas medidas efetivas incluem:
Iniciativas como essas ajudam a transformar o condomínio em um ambiente mais acolhedor e organizado, onde tutores e não tutores convivem com respeito mútuo.
Garantir a boa convivência entre moradores, pets e o condomínio envolve responsabilidade individual, empatia e, sobretudo, uma gestão preparada para lidar com desafios cotidianos de forma técnica e equilibrada.
É nesse ponto que o apoio de uma administradora especializada, como a Athemos, se torna um diferencial. Com experiência prática, domínio da legislação e soluções eficientes, ela atua como aliada do síndico na construção de um ambiente mais justo, organizado e acolhedor para todos, inclusive os animais de estimação.
Na Athemos, entendemos que a presença de pets já é parte da realidade condominial. Por isso, oferecemos um modelo de gestão moderno e completo, que respeita os direitos dos tutores e preserva o bem-estar coletivo.
Nosso time jurídico e técnico auxilia na criação e revisão de regimentos internos, ajustando as normas do condomínio à legislação atual e à rotina dos moradores. Tudo com base em critérios claros, legais e funcionais.
Além disso, integramos nossa atuação a plataformas digitais, que facilitam a comunicação entre síndico, moradores e administradora. Notificações, avisos, votações e assembleias podem ser feitas online, reduzindo conflitos e otimizando o tempo de todos.
Também cuidamos da operação do condomínio por meio de soluções em facilities, como portaria, segurança, limpeza e manutenção, o que contribui para manter áreas comuns sempre organizadas e seguras, mesmo com o aumento de circulação de pessoas e animais.
Seja você síndico ou morador, a Athemos está pronta para apoiar a gestão do seu condomínio com eficiência, transparência e equilíbrio.
Fale com nossa equipe e descubra como transformar a convivência com pets em uma experiência positiva para todos.
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